“Por ser um ramo da indústria cultural e, portando, por ser fundamentalmente uma vendedora de cultura que precisa agradar o consumidor, a mídia infantiliza.”
(Convite à Filosofia, Marilena Chauí, Editora Ática, 7 ed. SP, Página 331).
“Jovem foi morto em um estacionamento aberto em plena luz do dia”
(Matéria divulgada pela mídia televisiva)
Problemas como a fome, violência, poluição, moradia e a falta de saneamento atingem grande parcela da população brasileira que vive em regiões onde o esgoto é um córrego que dista menos de dois metros de uma casa de família; a desnutrição mata milhares de crianças e adultos anualmente, por falta de comida crianças estão morrendo enquanto nosso egoísmo se preocupa apenas com o nosso bem estar, com a nossa comodidade, com nossa vontade; sempre nossa vontade, enquanto isso a vontade dos outros não é atendida, vontade de comer, vontade de viver, vontade de trabalhar, vontade de estudar; onde está nossa compreensão de mundo nossa compaixão e nosso altruísmo.
A “Malhação” trocou de cenário, o “Gigabyte” vai desaparecer, uma nova troca de atores e atrizes; choro e saudade que só existiram no imaginário do escritor e no coração de uma nação inteira que faz do ato de assistir a um programa uma verdadeira religião, uma falta de espera entre um namoro das personagens e a morte do (a) vilão (ã); tudo isso nos distrai do mundo e nos abstraem os sentimentos, formando-nos máquinas de consumo visual e irreal. Falta dizer que nem todos “os filhos deste solo” te vêem como “mãe gentil”, minha cara “pátria amada, Brasil”. Só haverá justiça e igualdade quando uma nação inteira sentir-se tocada e interagir entre si para formar um número suficientemente grande para dizer: “não quero mais ódio e rancor guiando o mundo”, isso só se constrói com trabalho duro e serviços sociais, para que assim possam ver além das telas de vidro uma realidade reluzente.
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